Educação

Juntos, Rio de Janeiro e São Paulo gastaram mais de R$ 5,2 bilhões com a aplicação da Lei de Drogas em um ano.

É impossível repensar as políticas e investimentos em segurança e justiça criminal no Brasil sem olhar para o papel central que a proibição das drogas ocupa na definição da agenda pública e das prioridades econômicas do Estado. Ao sobrecarregar os orçamentos governamentais com os altos custos da repressão armada e do superencarceramento, a política proibicionista consome recursos que poderiam ser investidos em outras áreas.

A pesquisa Um Tiro no Pé: Impactos da proibição das drogas no orçamento do sistema de justiça criminal do Rio de Janeiro e São Paulo detalha, pela primeira vez, os custos da proibição para as instituições de justiça criminal dos dois estados ao longo de um ano. O estudo também explora comparativos do que poderia ser feito com os orçamentos hoje investidos na guerra em políticas de saúde, educação e renda básica.

Instituições pesquisadas

Embora a proibição das drogas afete o desenho e implementação de diversas políticas governamentais, são as instituições da segurança pública e do sistema de justiça criminal que operam na linha de frente da aplicação do modelo de guerra e criminalização. Assim, optou-se por calcular os custos do proibicionismo para sete instituições do Rio de Janeiro e de São Paulo, totalizando catorze órgãos estaduais pesquisados.